A História do Seguro no Brasil: De D. João VI à Modernidade da SUSEP (Um Legado de 200 Anos)
Você sabe quando o seguro chegou ao Brasil? Descubra como a vinda da Família Real em 1808 inaugurou o mercado de seguros, o primeiro foco no risco marítimo e como a criação da SUSEP revolucionou a proteção.

Afinal, o seguro é uma prática milenar, pois as civilizações antigas já buscavam formas de dividir os riscos do comércio. Contudo, no Brasil, ele demorou a chegar. Durante o período colonial, a Coroa Portuguesa impunha um rígido monopólio, o que impedia o desenvolvimento de qualquer iniciativa de seguro local.
A história do mercado de seguros no Brasil começa em um momento decisivo da nossa formação: 1808. Consequentemente, nós vamos mergulhar nesta história para entender como um decreto de D. João VI moldou o mercado que hoje protege milhões de brasileiros.
🚢 O Ponto de Virada: 1808 e a Chegada da Família Real – A História do Seguro no Brasil
Primeiramente, você precisa entender que a vinda da Família Real Portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, mudou a economia de forma radical. Antes disso, as relações comerciais eram totalmente monopolizadas por Portugal. Mas, ao chegar aqui, D. João VI tomou a medida mais importante para o setor: a Abertura dos Portos às Nações Amigas.
Com isso, o volume de comércio marítimo cresceu exponencialmente. Assim, surgiu a necessidade urgente de proteger os navios e suas valiosas cargas contra os riscos do oceano. Portanto, o ambiente estava maduro para a criação da primeira seguradora.
📜 A Primeira Apólice: Companhia Boa-Fé e o Risco Marítimo
De fato, o mercado começou oficialmente em 1808. No mesmo ano em que D. João VI assinou a abertura dos portos, ele autorizou a fundação da Companhia de Seguros Boa-Fé. Esta, então, inaugurou o setor no Brasil.
Logicamente, o foco inicial estava totalmente no mar: eles cobriam os riscos de navegação, avaria de navios e perdas de mercadorias. Posteriormente, outras empresas surgiram, principalmente nas grandes cidades portuárias como Salvador, Recife e o próprio Rio de Janeiro. Em outras palavras, a história do seguro nasceu intrinsecamente ligada ao comércio internacional.
🔥 Fogo, Café e Urbanização: A Expansão no Século XIX
Com o crescimento do Brasil Imperial e o aumento da urbanização, surgiu um novo risco que as seguradoras precisavam cobrir: o Fogo. Afinal, as cidades cresciam rapidamente, mas as construções eram majoritariamente de madeira, o que elevava o perigo de incêndios devastadores. Além disso, o auge da produção de café no Sudeste impulsionou o seguro contra perdas na lavoura e no transporte.
Neste período, o mercado começou a se diversificar, incluindo seguros de vida (ainda incipientes) e apólices de ramos elementares (propriedades). Assim, a proteção deixou de ser um assunto exclusivo dos grandes comerciantes e chegou à burguesia emergente.
⚖️ O Salto para a Modernidade: A Criação da SUSEP em 1966
No entanto, o mercado cresceu de forma acelerada no início do Século XX, mas carecia de uma regulamentação central forte. Com isso, o grande salto para a modernidade veio apenas em 1966. O Governo Federal estabeleceu o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP). Isso criou dois órgãos vitais que regem o mercado até hoje:
- CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados): Ele estabelece as políticas e diretrizes gerais.
- SUSEP (Superintendência de Seguros Privados): Ela fiscaliza as seguradoras e os corretores.
Esta medida garantiu a estabilidade do setor, protegeu o consumidor e profissionalizou o mercado de forma definitiva, permitindo que ele se tornasse o gigante que conhecemos hoje.
Conclusão: Um Legado que a Potencial Segue
Em suma, o seguro cresceu e evoluiu junto com o Brasil, adaptando-se do risco de naufrágio ao risco de roubo de carros e ataques cibernéticos. Portanto, nós, consultores da Potencial, somos parte desse legado de proteção que começou há mais de 200 anos.
Não deixe seu patrimônio desprotegido. Fale conosco e faça parte da história de quem se protege.